Uso da batina e do hábito
(Fonte:
Associação Cultural Montfort)
Pergunta
Nome: |
Eber Ivo |
Enviada em: |
31/08/2005 |
Local: |
Maceió - AL , Brasil |
Religião: |
Católica |
Idade: |
54 anos |
Escolaridade: |
Superior concluído |
Profissão: |
Procurador de Estado. |
Conversando, informalmente, com uma religiosa da congregação das filhas
do Sagrado Coração de Jesus, disse-me ela, que o uso de hábito e de batina
não foi referendado pelo Vaticano II, e, foi mais além: afirmou que este
uso é cultura européia e que não cabe ser observado na América Latina.
Lendo os documentos do Vaticano II, não encontrei nenhuma referência
ao que ela me havia afirmado.
Afinal, clérigos e religiosos estão dispensados do uso salutar das vestes
pertinentes?
O que me dizem da afirmação desta irmã religiosa? |
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Resposta
Muito prezado Eber,
salve Maria!
Diga para essa pobre Irmã que a batina
não é de cultura européia: ela é um símbolo da túnica de Cristo que os padres e religiosos
assumem, para serem, ante o povo, como Cristo.
Ela é também uma imposição do mandamento
de Cristo para carregar a cruz e fazer penitência, o que é especialmente próprio
da vocação religiosa. Ademais, a batina e o hábito estão de acordo com o bom
senso.
Os padres e os religiosos são separados
do povo. E o hábito religioso é um dos sinais dessa separação e dessa escolha para
uma vida mais perfeita e mais penitente.
Disse-lhe que isso está de acordo
com o bom senso. Veja que, mesmo nas religiões pagãs, os que são mais dedicados,
usam traje diverso do povo que os distinga das pessoas comuns. O que até os budistas
entendem, essas freiras já perderam a noção.
É no que deu o aggiornamento
de João XXIII. Essas freiras ficam aggiornatte assistindo novelas na TV,
ou indo à praia, enquanto os padres andam de bermudas...
Hoje, há freiras de mini saia e Monsenhores
de bermudas...O que é contra o bom senso.
Um clero sem batina eqüivale a um
exército sem farda.
Um exército sem farda vira bando,
pois perde a identidade.
Os padres, frades e freiras, hoje,
-- seguidores do Vaticano II -- fazem questão de perder a sua identidade religiosa.
Por isso, querendo ser iguais a todos, acabam por querer se casar, como todos.
Daí a grande vontade que eles manifestam
de ter sogra.
Dizem eles que o hábito não faz o
monge.
Muito menos o calção de banho ou as
bermudas!
O hábito não faz o monge, mas ajuda.
O pior é que a única coisa que lhes
restava de religioso era a batina, o hábito. Abandonando-a, eles abandonam o último
sinal exterior que os ligava à vida religiosa. E o que nunca se exterioriza, se estiola
e morre.
Quem perde a própria identidade, não
compreende e nem defende o que é. Pobres padres sem identidade. Pobres freiras iguaizinhas
a todo o mundo.
Quando vier o Esposo, esses pobres
padres sem batina, e essa pobres freiras sem hábito -- e decotadas -- estarão como
as virgens loucas: sem óleo em suas lâmpadas.
Sem fé em suas almas.
Rezemos pelo clero e pelos religiosos.
In Corde Jesu, semper,
Orlando Fedeli